Edição Falsa de ‘The Washington Post’ anuncia a renúncia de Trump

Em vários pontos da capital norte-americana foram dados exemplares com informação enganosa sobre o presidente.

Capa da edição falsa do jornal ‘The Washington Post.’

Capa da edição falsa do jornal ‘The Washington Post.’ A.L. – Foto: Reprodução/Redes  Sociais

O dia 16 de janeiro de 2019 aparecerá nos registros históricos das fake news. A capital dos Estados Unidos amanheceu na quarta-feira com dezenas de distribuidores de edições falsas do The Washington Post e um site que também imitava o do jornal. “Sem presidência”, dizia a manchete da notícia falsa, com a mesma tipografia do Post. O subtítulo explicava queDonald Trump tinha deixado a Casa Branca rapidamente, o que permitiu “acabar com a crise”. A cópia, datada de 1 de maio de 2019, informava falsamente que o republicano tinha abandonado o cargo deixando uma mensagem em um guardanapo e depois partira em viagem para Ialta, na Crimeia.

Diante da Casa Branca, na estação ferroviária da cidade e nos arredores do Capitólio, entre outros locais emblemáticos da capital dos Estados Unidos, foram distribuídos os primeiros exemplares falsos de um dos mais antigos e respeitados jornais do mundo. “Eu estava lendo a notícia e, como estive fora, em férias, me perguntava se tinha perdido algo. O que via não correspondia com o que sei, mas estava tão bem feito… e eu retornava ao cabeçalho em que estava escrito The Washington Post, até que me dei conta de que era falso”, diz Carmen del Río, que recebeu um dos exemplares perto do Departamento do Tesouro. A pista que lhe permitiu perceber o engano foi o slogan do jornal, A democracia morre na escuridão, que tinha sido substituído por A democracia desperta em ação.

Quando usuários do Twitter começaram a postar fotos da capa se perguntando do que se tratava, o Post tuitou que tanto os jornais que estavam sendo distribuídos no centro da capital como o website que tentava imitá-lo não eram seus produtos: “Estamos investigando isso”, escreveu Ian Kullgreen, repórter político, que postou a foto do jornal falso com uma mensagem em que dizia ter tentado –sem sucesso– explicar à distribuidora o problema que estava sendo criado.

Ao meio-dia as cópias estavam se acumulando nas lixeiras das ruas e o grupo de esquerda, Yes Men –que normalmente faz piadas em sinal de protesto– se atribuía a fraude. Em 2008, esse mesmo grupo imprimiu mais de um milhão de cópias falsas de The New York Times anunciando o fim da guerra no Iraque. Onnesha Roychoudhuri e L.A. Kauffman, os autores da ação nesta quarta-feira, argumentaram em um comunicado que a intenção era fazer as pessoas verem que “a história contada pelo artigo é mais razoável do que a nossa realidade atual”.

“Fomos muito cuidadosos ao colocar uma data futura e enquadrá-lo, essencialmente, como ficção especulativa”, disse Kauffman à rádio NPR, embora admita que os leitores possam ter se confundido, dada as semelhanças com a edição verdadeira do Post. “Sinceramente, espero que as pessoas tenham um momento de alegria antes de se darem conta de que é um sonho projetado para o futuro”, acrescentou.

Os textos falsos diziam que Trump se sentira forçado a renunciar sob a pressão de protestos multirraciais liderados por mulheres em todo o país. “Já estamos vendo níveis sem precedentes de protesto e resistência. Agora só temos de nos perguntar: o que vem a seguir?.” Neste sábado está prevista a marcha anual das mulheres no país.

 

Fonte e conteúdo:

Jornal El País Brasil

 

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

 

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O homem que ensinou a Trump tudo que ele sabe sobre o Twitter

A história começou em 2011.

Foi neste ano que Justin McConney, formado havia apenas três anos em cinema, tornou-se o primeiro diretor de redes sociais da Organização Trump, liderada pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Naquela época ele não usava o Twitter, nem sei se ele usava um computador”, conta à BBC McConney, que deixou de trabalhar para o presidente no final de 2017.

Em 2009, foi criada a conta @realDonaldTrump – mas o então empresário não tuitava, e seus funcionários também não utilizavam a página com muita frequência.

Naquele período, McConney, que tinha então 24 anos, propôs uma nova estratégia para o Twitter e sugeriu a abertura de um canal no YouTube.

Ilustração mostra diversos pássaros representando o Twitter com traços manuscritos

No começo Trump não deu muita bola para o Twitter – Foto: Reprodução/Getty Images

“Quero que esteja envolvido em todo o processo, no desenvolvimento dos tuítes, do conteúdo e das respostas”, disse o jovem a Trump.

Trump e McConney sorriem para foto em ambiente fechado

McConney, recém-formado, começou a trabalhar com Trump em 2011 – Foto: USTIN MCCONNEY/TWITTER

O dia da pizza com Sarah Palin

Trump aceitou e McConney passou a imprimir mensagens e comentários que a conta @realDonaldTrump recebia. Trump lia e usava uma caneta para escrever notas nas margens das folhas, escolhendo quem ele queria responder diretamente.

No início, o empresário não estava muito convencido da eficácia da estratégia. Mas tudo mudou em março de 2011, dia em que ele almoçou uma pizza com a republicana Sarah Palin, em Nova York, nos EUA.

Trump usou talheres para comer e muitos notaram esta particularidade – em Nova York, o costume é comer pizza com as mãos. McConney propôs então gravar um vídeo com uma explicação de por que comia desta maneira.

“Isto repercutiu em todos os canais de televisão, e isso pareceu incrível para Trump. Eu disse que ele não precisava de 20 jornalistas, câmeras ou funcionários de relações públicas: um tuíte garantiria sua presença na mídia”, lembra McConney.

Foi assim que suas publicações na rede social se tornaram mais e mais pessoais.

Vingou

Donald J. Trump faz discurso

Conta de Trump no Twitter foi criada em 2009 – Foto: Reprodução/Getty Images

McConney estava convencido de que esse estilo, no lugar do tradicional estilo de relações públicas de um empresário, permitiria alcançar um público muito maior.

E tinha razão, como seria provado nos anos posteriores.

“Acho que foi exitoso porque as pessoas ficaram surpresas que um empresário milionário pudesse comentar sobre o Oscar, ou sobre a nova versão do filme ‘Os Caça-Fantasmas'”, diz. “Elas não imaginam que este tipo de assunto possa interessá-lo”.

Trump se envolveu cada vez mais – e procurava seu assessor tarde da noite, nos fins de semana, ou às 6h da manhã de sábado…

“Na primeira vez que você recebe uma ligação destas, acha que há uma emergência na família. Mas não, ele queria responder imediatamente a uma pessoa que havia mencionado seu nome na televisão”.

O caminho para a Casa Branca

Trump discursa no palanque, observado por dezenas de pessoas

Hoje, Trump já tem mais de 40 mil tuítes publicados – Foto: Getty Images

Chegou então a fase em que o presidente começou a tuítar diretamente, em 2012, pouco depois de perguntar a McConney se ele preferia um celular iPhone ou um Android. O último parecia melhor para Trump porque tinha uma tela maior.

Quando Trump começou a pensar em se candidatar à Casa Branca, aventou uma mudança de estratégia nas redes sociais. Mas McConney achava isso desnecessário.

“Um vídeo engraçado, com conteúdo noticioso, e que acabe sendo reproduzido em um programa de televisão, é muito mais poderoso do que uma propaganda política tradicional na TV.”

O resto é história. E alguns números ilustram a mudança.

De acordo com o site Politico, veículo de mídia dos EUA, em 2010 a conta @realDonaldTrump publicou 142 tuítes; em 2011, a cifra passou para 744; em 2013, já foram mais de 8 mil.

Atualmente, o número de tuítes na conta é superior a 40 mil, e Trump tem mais de 57 milhões de seguidores.

 

Fonte e conteúdo:

BBC Brasil

 

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Justin McConney – Foto: Reprodução/Twitter

 

 

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Essa era a mudança? Deputado defensor da liberação da caça de animais vai comandar órgão de proteção florestal

Anunciado nessa quarta-feira (16) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, como novo secretário do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o deputado Valdir Calatto (MDB-SC) é autor de projeto de lei que libera a caça de animais silvestres no país. A proposta permite a caça até em unidades de conservação ambiental, retira o porte de armas de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, ao mesmo tempo, flexibiliza a posse para proprietários rurais.

Integrante da bancada ruralista, Colatto defende “regulamentação moderna” para caça de animais – Foto: Luís Macêdo/Agência Brasil

Entre outras mudanças na legislação, o texto ((PL 6268/16) também libera o abate de animal considerado nocivo às atividades agropecuárias, mediante apresentação de laudo pelo órgão competente, e a comercialização de espécies silvestres. Permite, ainda, que zoológicos vendam animais a criadouros particulares.

Segundo o Ruralômetro, ferramenta jornalística para consulta sobre os deputados federais produzida pela Repórter Brasil, Colatto é autor de nove projetos de lei prejudiciais ao meio ambiente e aos povos do campo. O emedebista, que não conseguiu se reeleger em 2018, é um dos líderes da bancada ruralista, que foi presidida ano passado pela atual ministra da Agricultura.

O deputado catarinense propõe, entre outras coisas, a suspensão da lista do Ministério do Meio Ambiente que relaciona espécies da fauna e da flora que devem ser protegidas, a transferência da União para os municípios da prerrogativa de estabelecer os limites das áreas de preservação permanente (APP) urbanas e a revisão da norma do Incra que desapropria, para reforma agrária, terras onde for encontrado trabalho escravo.

Mudança de ministério

O Serviço Florestal Brasileiro, que será comandado por Colatto, fazia parte da estrutura do Ministério do Meio Ambiente até 31 de dezembro, mas foi incorporado ao Ministério da Agricultura em um dos primeiros atos do presidente Jair Bolsonaro. A mudança faz parte da mesma medida provisória que retirou da Fundação Nacional do Índio (Funai) a responsabilidade sobre a demarcação de terras indígenas e a transferiu para a Agricultura, tradicional reduto dos representantes do agronegócio.

O SFB “tem a missão de promover o conhecimento, o uso sustentável e a ampliação da cobertura florestal, tornando a agenda florestal estratégica para a economia do país”, de acordo com sua página de apresentação na internet. Pelo novo formato dado pelo governo, a proteção das florestas nacionais ficará sob responsabilidade do Meio Ambiente e a parte das florestas plantadas em propriedades privadas para a atividade econômica ficará com a Agricultura.

O projeto que libera a caça enfrenta forte resistência de entidades ambientalistas. A ONG Hachí, de proteção animal, protocolou na Câmara em 2017 um manifesto de repúdio à proposta assinado por 130 organizações com críticas ao que chamam de ausência de critérios técnicos, jurídicos ou competência executiva para a emissão das autorizações de abate.

Regulamentação moderna

O Congresso em Foco não conseguiu contato com o deputado até o fechamento desta reportagem. Mas, em entrevista à Agência Câmara, no ano passado, Colatto defendeu a mudança na legislação. Ele disse que só critica seu projeto quem não leu o texto. Segundo o deputado, sua intenção é propor uma regulamentação moderna, que já existe em vários países do mundo. Para o catarinense, é preciso proteger a produção agrícola, o que exige o controle de animais, em especial os exóticos, ou seja, aqueles que não são naturalmente daqui.

“A questão do prejuízo econômico que pode acontecer, como por exemplo o javali hoje, que está destruindo as propriedades, a própria capivara, outros animais que trazem prejuízo econômico e também doenças. Por que que existem tantas pessoas no planeta? 7 bilhões e meio. Porque a agricultura produz alimento para esse povo tudo, né. Agora eu pergunto: nós vamos sobreviver, conviver só com a natureza? Não existe mais isso.”

Retrocessos

A proposta também autoriza o estabelecimento de campos de caça em propriedades privadas e a criação e manutenção de animais silvestres em criadouros comerciais. Pelo texto, animais silvestres provenientes de resgates em áreas de empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental poderão ser abatidos, segundo a WWF-Brasil. “Se aprovado, esse projeto trará um enorme retrocesso para a biodiversidade brasileira. O abate de animais poderá se dar inclusive em unidades de conservação”, afirma o coordenador de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Michel Santos.

Na última terça (15), Colatto disse que o governo Bolsonaro “começa mal” ao reincorporar à presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) o general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que havia deixado o cargo sob pressão dos ruralistas no governo Michel Temer. Em suas redes sociais, Colatto escreveu que o militar havia deixado o comando da Funai pedido da Frente Parlamentar Agropecuária “por ser onguista e petista”. “Começamos mal na Funai”, resumiu.

Ele também criticou, no mesmo post, a exoneração da diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inácio, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ela é investigada pelo Ministério Público por conflito de interesse. “É a única indicada pela FPA que enfrentava o PT e as ONGs do deputado Nilton Tatto (líder da ONG ISA – Instituto Socioambiental)”, lamentou Colatto. Tatto é o relator da proposta na Comissão de Meio Ambiente na Câmara e deu parecer pela rejeição.

 

Fonte e conteúdo:

Congresso em Foco

 

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novo secretário do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o deputado Valdir Calatto (MDB-SC) é autor de projeto de lei que libera a caça de animais silvestres no país. A proposta permite a caça até em unidades de conservação ambiental – Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

 

 

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Quem não deve não teme? STF manda suspender investigação de Queiroz e outros servidores, diz MP

Em comunicado desta quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro informa que os procedimentos investigatórios para apurar irregularidades detectadas pelo Coaf estão suspensas.

O Ministério Público do Rio informou que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta quinta-feira, a suspensão do procedimento investigatório criminal que apura movimentações financeiras atípicas do ex-assessor do senador eleitoFlávio Bolsonaro (PSL),  Fabrício Queiroz, e de outros assessores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O pedido foi feito pela defesa de Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro.

A decisão determina que o processo fique suspenso até que o relator da Reclamação, ministro Marco Aurélio Mello, se pronuncie. A determinação de suspender a investigação foi do ministro Luiz Fux. O Ministério Público não informou o que motivou a decisão cautelar proferida nos autos da Reclamação de nº 32989. “Pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão”, informou o órgão, por meio de nota.

O Estado entrou em contato com a assessoria do parlamentar, que informou não ter conhecimento do assunto. A defesa de Queroz e seus familiares não se manifestaram.

O relatório do Coaf, revelado pelo Estado em dezembro do ano passado, foi enviado ao Ministério Público Federal do Rio no âmbito da Operação Furna da Onça, que em novembro prendeu dez deputados estaduais suspeitos de receberem propina. Ao todo, 75 servidores são citados no documento, mas nem todos seguem o mesmo padrão de movimentação financeira. Queiroz e Flávio Bolsonaro não foram alvo da operação.

Fabrício Queiroz

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT antes de passar por cirurgia em São Paulo -Foto: Reprodução/SBT

Ex-assessor do senador eleito na Alerj, o policial militar Fabrício Queiroz se tornou o principal personagem no caso que trouxe as primeiras dores de cabeça ao novo governo de Bolsonaro após a eleição. Na terça-feira, 15, o Estado mostrou que o padrão das movimentações atípicas de Queiroz se repetiu nas contas bancárias de ao menos outros 28 servidores da Alerj, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Após faltar a dois depoimentos marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e ser internado, Queiroz corre o risco de ser denunciado sem dar sua versão sobre o caso aos promotores, conforme afirmou na terça-feira o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem.

Entenda o caso

1. O relatório do Coaf

No dia 6 de dezembro de 2018, o Estado revelou que um relatório do Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício José Carlos de Queiroz. O valor se refere ao período entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

À época, ele estava registrado como assessor parlamentar  do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro – filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro. Queiroz é também policial militar e, além de motorista, atuava como segurança do deputado. Foi exonerado do gabinete no dia 15 de outubro do ano passado.

Além disso, uma das transações na conta de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à primeira-dama Michelle Bolsonaro. O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à  Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

2. Bolsonaro e família falam pela primeira vez

As primeiras explicações da família Bolsonaro sobre o caso apareceram no final da tarde de sexta-feira, 7. Sobre o cheque de R$ 24 mil que havia sido depositado na conta da primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro disse que o valor se referia a um pagamento de parte de uma dívida que o PM teria com o próprio presidente. O valor total da dívida seria de R$ 40 mil, segundo Bolsonaro.

“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou”, disse o presidente.

Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro, em Brasília Foto: Adriano Machado / Reuters

Mais cedo, Flávio Bolsonaro havia dito à imprensa que Queiroz havia apresentado a ele“uma explicação plausível” para a movimentação de R$ 1,2 milhão. Questionado, se negou três vezes a dizer qual era a explicação.

A essa altura, o senador eleito havia saído em defesa do ex-assessor através de sua conta oficial no Twitter. “Trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança”, escreveu, na rede social. “Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta.”

Antes mesmo da publicação da reportagem, o filho do presidente já havia sido procurado pelo Estado para se manifestar sobre o caso, e havia dado respostas no mesmo sentido. Localizado pela reportagem, Queiroz havia respondido na ocasião que não sabia “nada sobre o assunto”.

Cinco dias depois, o presidente voltou ao assunto em uma transmissão de vídeo pela internet: “Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos a conta desse erro, que nós não podemos comungar com o erro de ninguém”, disse.

3. MP abre investigação

Onze dias após a publicação da primeira reportagem sobre o caso, o Ministério Público do Rio abriu 22 procedimentos de investigação criminal com base no relatório do Coaf, com Queiroz entre os investigados. Com isso, são marcados os primeiros depoimentos para esclarecer o caso.

Até isso ocorrer, outros detalhes do caso já haviam se tornado públicos. O mesmo relatório havia apontado, por exemplo, havia citado movimentações entre contas de Queiroz e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz. Nathalia era, até novembro de 2018,assessora lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Além disso, uma análise na movimentação financeira de Fabrício Queiroz mostrou quefuncionários lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj repassavam valores equivalentes até 99% do salário que recebiam. Foi esse o caso de Nathalia, filha de Queiroz.

Outras duas servidoras repassaram de 24% e 46% do valor de seus salários. Cerca de 57% dos depósitos feitos na conta de Queiroz ocorreram no dia do pagamento dos salários na Alerj no período investigado, ou até três dias úteis depois.

4. As faltas 

Alegando motivos de saúde e falta de tempo para analisar as acusações, o ex-assessor Fabrício Queiroz faltou a dois depoimentos  – nos dias 19 e 21 de dezembro – marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar suas movimentações financeiras.

Poucos dias após perder a segunda audiência, ele apareceu em público pela primeira vez para prestar esclarecimento sobre o caso, em uma entrevista entrevista ao SBT. À emissora, disse que a movimentação de R$ 1,2 milhão ao longo de um ano é resultado de seus negócios com venda de carros. Queiroz, contudo, não explicou os depósitos feitos em sua conta por funcionários do gabinete e familiares empregados por Flávio e o presidente eleito.

No dia seguinte à veiculação da entrevista, comunicou ao Ministério Público que passaria por uma cirurgia urgente. Segundo a Promotoria, ele apresentou “atestados que comprovam grave enfermidade” na ocasião.

O senador eleito Flávio Bolsonaro também faltou ao depoimento marcado para o caso, no dia 10 de janeiro. Em nota, o filho mais velho do presidente disse que não é investigado e que não teve acesso aos autos do procedimento aberto pelo MP. Flávio, que não é obrigado a comparecer, prometeu marcar uma nova data para depor.

Já o procurador responsável pelo caso disse que pode encerrar a investigação e oferecer denúncia à Justiça sem que eles prestem depoimento.

5. Internação e dança

Queiroz foi internado no dia 30 de dezembro e submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele disse que pagou a conta dos serviços médicos com recursos próprios e declarou ter recibo para comprovar, mas não quis dizer quanto custou. Um dia após receber alta, Queiroz disse aoEstado que esclarecerá “em breve” as movimentações atípicas em sua conta apontadas pelo Coaf, sem especificar quando isso ocorrerá.

Três dias depois, um vídeo no qual ele aparece dançando no hospital, enquanto toma soro, viralizou nas redes sociais. A defesa de Queiroz divulgou uma nota oficial afirmando que o vídeo foi feito em um “raro momento de descontração na visita deles no Albert Einstein”, pois ele passaria pela cirurgia nas horas seguintes, “inclusive com risco de morte”. Segundo seu advogado, seu vídeo teria sido feito no dia 31 de dezembro, à meia noite. Em um novo vídeo, ele afirmou estar revoltado com a circulação do vídeo e que estava apenas comemorando a virada do ano com a sua família.

O patrão Queiroz

Um relatório do Coaf mostra que ao menos 28 servidores da Alerj tiveram movimentações atípicas em suas contas bancárias com o mesmo padrão das realizadas por Fabrício Queiroz entre 2016 e 2017. Eles movimentaram valores acima de sua capacidade financeira, receberam depósitos de outros servidores da casa e, em alguns casos, em datas próximas do dia de pagamento da Alerj.

A Polícia Federal suspeita da existência de um esquema de nomeação de funcionários fantasmas e posterior devolução de parte dos salários para deputados e servidores.

Por Constança Rezende,

 

Fonte e conteúdo:

Estadão

 

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Fabrício Queiroz – Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

 

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Nada mudou? Auxílio-Bolsonaro

Jair Bolsonaro embolsou 33,7 mil reais da Câmara para se mudar para o Palácio da Alvorada – o chamado auxílio-mudança.

Bolsonaro recebeu R$33,7 mil de auxílio-mudança da Câmara

Presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a Folha de S. Paulo, “a benesse caiu em 28 de dezembro na conta do então presidente eleito. Somado ao seu salário de deputado daquele mês e acrescido à metade do décimo-terceiro, Bolsonaro recebeu 84,3 mil reais brutos no mês passado”.

A reportagem “enviou à Presidência da República questionamento sobre as razões do recebimento do auxílio, se Bolsonaro considera adequado o benefício e se ele teve algum tipo de gasto relativo a mudança nos últimos tempos, com discriminação de valores e empresas contratadas”.

Resposta?

“Não houve resposta até a conclusão desta edição.”

Mais sobre o assunto:

O presidente Jair Bolsonaro recebeu da Câmara R$33,7 mil de auxílio-mudança, três dias antes de renunciar ao mandato de deputado federal para assumir a Presidência. É um salário extra que o Congresso destina todo início e fim da legislatura a parlamentares. Segundo o  jornal “Folha de S. Paulo”, o benefício foi depositado no dia 28 de dezembro e somado ao salário de deputado daquele mês com metade do 13º, chegou ao valor de R$84,3 mil brutos no mês passado. A informação foi confirmada pela assessoria da Câmara dos Deputados.

No segundo semestre de 2018, o agora presidente da República participou de poucas atividades no Congresso devido à campanha eleitoral e sua recuperação após o atentado sofrido.

Segundo a Folha de S. Paulo, a assessoria da Câmara dos Deputados informou que só 5 dos 513 deputados renunciaram ao recebimento do benefício pago em dezembro: Bohn Gass (PT-RS), Fábio Trad (PSD-MS), Heitor Schuch (PSB-RS), Major Olímpio (PSL-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Os deputados foram beneficiados por uma decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de antecipar em um mês o pagamento do auxílio, já que o pagamento é feito somente no final do mandado dos parlamentares, que é dia 31 de janeiro.

 

Fonte e conteúdo:

O Antagonista/Revista Isto É

 

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Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

 

 

 

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Mais reclamações: moradores do Parque Bandeirantes em Sumaré, reclamam de ruas esburacadas

Moradores do Parque Bandeirantes I – em Sumaré, reclamam do completo abandono em que se encontram inúmeras ruas do bairro, que estão tomadas pelos buracos e até o presente momento a administração atual não tomou providências para solucionar os problemas.

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Rua Silvio de Souza, Parque Bandeirantes I, Sumaré/SP – Foto: Reprodução/Facebook

Infelizmente ruas esburacadas estão espalhadas por toda a cidade de Sumaré, é como se estivéssemos sem prefeito para cuidar de nossa cidade.

Melhor seria se o atual prefeito Luiz Dalben ( o rapaz das crises de stress) exonerasse um pouco de seus muitos comissionados e puxa-sacos, pois assim quem sabe a Prefeitura não teria dinheiro em caixa para fazer recapeamento nas ruas de toda a cidade, pois os problemas com buracos estão espalhados por todos os lados, e com certeza não é instalando radares para arrecadar mais dinheiro que se resolvem todos os problemas da cidade, e ainda gastando dos cofres públicos R$ 1.689;000,00 (um milhão, seiscentos e oitenta e nove mil reais).

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|Prefeito (?) de Sumaré,  Luiz Dalben (PPS) – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em todas as sete regionais de Sumaré (incluindo a rural), sem exceção, todas tem reclamações de ruas esburacadas nos bairros e adjacências, isto, quando caminhões, máquinas e retroescavadeiras alugadas da empresa Agreg não ficam paradas nas regionais por falta de combustível.

O “engraçado” nesta história é que a prefeitura tem contrato de locação com a empresa Agreg, então quem deveria abastecer seria a empresa ou a Prefeitura?

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Vereador Dirceu Dalben (PR) que deveria fiscalizar e cobrar, mas é o pai do prefeito e obviamente que faz vista “grossa” paratudo que acontece na cidade, afinal de contas, foi candidato a deputado estadual e foi eleito, mas não tomou posse por ser FICHA SUJA e INELEGÍVEL, o registro de sua candidatura foi cassado por unanimidade pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em Brasília, – Foto: Reprodução/Redes Sociais 

Mas em breve voltaremos com mais informações a respeito do contrato da Prefeitura com a empresa Agreg. Nos aguarde!

Por Francisco da Silva

Segue abaixo fotos da rua Silvio de Souza, Parque Bandeirantes – I, em Sumaré

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

 

Fonte e conteúdo:

Blog CP/Redes Sociais

 

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

 

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Senador desqualificado: em guerra aberta com chefe da Lava Jato, Renan dispara contra Dallagnol: “Um ser possuído”

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) atacou nesta terça-feira (15) o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava em Curitiba. “Deltan Dallagnol continua a proferir palavras débeis, vazia, a julgar sem isenção e com interesse político, como um ser possuído”, escreveu o pré-candidato à presidência do Senado.

Desafeto de Renan, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ironizou a postagem do emedebista, alvo de 13 investigações no Supremo, a maior parte delas relacionada à própria Lava Jato. “Só rindo mesmo e alto! Piadista essa pessoa”, reagiu Janot ao comentário.

Coordenador da Lava Jato considera que voto secreto favorece Renan e prejudica o combate à corrupção – Foto: Geraldo Magella/Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) atacou nesta terça-feira (15) o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava em Curitiba. “Deltan Dallagnol continua a proferir palavras débeis, vazia, a julgar sem isenção e com interesse político, como um ser possuído”, escreveu o pré-candidato à presidência do Senado.

Desafeto de Renan, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ironizou a postagem do emedebista, alvo de 13 investigações no Supremo, a maior parte delas relacionada à própria Lava Jato. “Só rindo mesmo e alto! Piadista essa pessoa”, reagiu Janot ao comentário.

O ataque de Renan é uma resposta a uma publicação feita por Dallagnol na semana passada. Na ocasião, ele afirmou que a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de manter a votação secreta na eleição do Senado prejudica a pauta anticorrupção ao favorecer Renan.

“Decisão de Toffoli favorece Renan, o que dificulta a aprovação de leis contra a corrupção, pois a presidência do Senado decide pauta (o quê e quando será votado). Diferentemente de juízes em tribunais, senadores são eleitos e têm dever de prestar contas. Sociedade tem direito de saber”, postou o coordenador da Lava Jato na última quinta-feira (10).

Decisão de Toffoli favorece Renan e prejudica combate à corrupção, diz Dallagnol

Desde então, o procurador tem promovido campanha em favor de um abaixo-assinado virtual que pede a abertura da votação no Congresso. Quase 700 mil pessoas já assinaram o pedido. “É um grito da sociedade pelo direito de acompanhar a posição de seus representantes nessa escolha que pode ser tão importante quanto a eleição de um Presidente da República”, comparou o procurador.

 

Em um vídeo, Dallagnol convoca os eleitores a aderirem ao manifesto. Segundo ele, a disputa no Congresso é quase tão importante quanto a eleição para presidente da República. Sem citar o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorre à reeleição na Câmara, ele alerta que investigados na Lava Jato podem presidir as duas casas legislativas. Maia também responde a inquéritos da megaoperação.

“Pode ser eleito um senador ou um deputado que está sendo investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. Eles podem barrar projetos contra a corrupção. O ex-juiz e ministro Sérgio Moro vai encaminhar ao Congresso projetos contra a corrupção, a impunidade e o crime organizado”, observou.

Toffoli decide que votação para presidência do Senado será secreta

Na gravação Dallagnol voltou a reclamar da decisão de Toffoli. Segundo ele, o voto secreto contraria a Constituição ao impedir que o eleitor tenha conhecimento das posições de seus representantes e possa fiscalizá-los.

Outros procuradores também têm se manifestado contra Renan e o sigilo na votação da Câmara e do Senado, como Roberson Pozzobon, também integrante da força-tarefa da Lava Jato. O procurador do Tribunal de Contas de Santa Catarina Diogo Ringenberg é outro crítico a Renan e Maia citado várias vezes por Dallagnol, assim como o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União Júlio Marcelo.

Dallagnol retuitou uma reportagem do Congresso em Foco que mostra que Renan usou a gráfica do Senado para publicar um livro com quase 500 páginas dirigido aos senadores e deputados em que defende sua biografia. O emedebista nega que a publicação tenha como objetivo fazer propaganda eleitoral.

https://twitter.com/jerusabv/status/1083103600245723136

Fonte e conteúdo (PARTE):

Congresso em Foco/Facebook/Twitter

 

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Procurador Chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol e o multi corrupto e processado Senador Renan Calheiros (MDB-AL) – Foto: Reprodução/Redes Sociais/Agência Senado

 

 

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Abrindo a Caixa-preta: Contratos dos 50 maiores devedores do BNDES serão divulgados na internet

Joaquim Levy determinou à área de tecnologia da informação do BNDES que disponibilize na internet todos os contratos de empréstimos dos 50 maiores tomadores de recursos do banco nos últimos 15 anos.

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Presidente do BNDES Joaquim Levy – Foto: Reprodução/Agência Brasil

Ele quer que as informações possam ser consultadas facilmente por qualquer pessoa. Até sexta-feira, Levy começará a receber as informações, que serão catalogadas e inseridas no sistema.

O site de consultas, com a íntegra de cada contrato, deve estar pronto dentro de algumas semanas.

Por Claudio Dantas

 

Fonte e conteúdo:

O Antagonista

 

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Foto: Divulgação

 

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MDB tenta convencer o processado Renan a desistir da disputa no Senado

Cresce no próprio MDB uma movimentação para que Renan Calheiros desista de tentar a presidência do Senado pela quinta vez.

O que está em jogo também, avaliam adversários internos de Renan, é a sobrevivência do partido.

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O corrupto e multi processado Renan Calheiros ainda tenta presidir mais uma vez o Senado – Foto: Reprodução/Agência Senado

Desde a redemocratização, praticamente, o MDB mandou e desmandou no Senado — veja aqui. Mas, em outubro do ano passado, a legenda sofreu um revés nas urnas: o tamanho da bancada caiu de 19 para 12.

Embora continue com o maior número de parlamentares, o partido chega à nova legislatura fragmentado, e sem caciques como Eunício Oliveira, Romero Jucá e Edison Lobão, que não se reelegeram.

Na semana passada, noticiamos aqui que Jucá — presidente do MDB — é aliado de primeira hora de Renan, mas tem dado sinais de que está disposto a buscar uma candidatura alternativa, caso perceba que o alagoano não conseguirá vencer as resistências ao seu nome.

Essa movimentação aumentou nesta semana, segundo o relato de dois senadores do partido.

“Essa movimentação existe e tem se intensificado. Havia, digamos assim, um certo entusiasmo em relação à candidatura do Renan, mas hoje há um certo medo de ele trazer desgaste para a presidência e, consequentemente, para o partido.”

“O MDB, muito inteligente que é, não vai querer perder a presidência e se desgastar mais com o restante da Casa. Acho que Renan nem chegará a ser confirmado como candidato.”

Até o ano passado, eram 14 partidos no Senado. A partir de fevereiro, com a renovação de 85%, serão 21 legendas disputando espaço. Blocões, como o de Cid Gomes, já estão sendo formados. E o MDB, nesse novo cenário, terá mais dificuldade para se impor.

Por Diego Amorim

 

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Deltan Dallagnol – Procurador da Lava Jato – Foto: Reprodução/Facebook

Enquanto você lê este post, mais de 20 pessoas estão colocando suas assinaturas no abaixo assinado que pede o voto aberto na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Já são mais de MEIO MILHÃO DE ASSINATURAS em APENAS 3 DIAS (a média é 2 por segundo!).

É um grito da sociedade pelo direito de acompanhar a posição de seus representantes nessa escolha que pode ser tão importante quanto a eleição de um Presidente da República.

Assine você também: bit.ly/Votoaberto

Defenda você também a VOTAÇÃO ABERTA para a Presidência do Senado e da Câmara dos Deputados❗️ A discussão e aprovação no Congresso de grandes pacotes de medidas contra #corrupção depende da vontade desses Presidentes.
Eles e somente eles é que podem colocar tais projetos em votação.

Invista 2️⃣ minutos, assinando e divulgando esse abaixo-assinado:

http://bit.ly/Votoaberto

#votoabertoSIM #senado #camara #votoaberto

 

Por Deltan Dallagnol

 

Fonte e conteúdo:

O Antagonista 

 

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Senador Renan Calheiros (MDB-AL) responde a inúmeros processos por corrupção e lavagem de dinheiro. Foto: Reprodução/Agência Senado

 

 

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Do Coaf ao hospital: entenda o caso Queiroz em 6 capítulos

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, PM teve movimentações financeiras atípicas rastreadas por autoridades.

Ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o policial militar Fabrício Queiroz se tornou o principal personagem no caso que trouxe as primeiras dores de cabeça ao novo governo de Jair Bolsonaro após a eleição. Nesta terça-feira, 15, o Estado mostrou que o padrão das movimentações atípicas de Queiroz se repetiu nas contas bancárias de ao menos outros 28 servidores da Alerj, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Após faltar a dois depoimentos marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e ser internado, Queiroz corre o risco de ser denunciado sem dar sua versão sobre o caso aos promotores, conforma afirmou na terça-feira o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem. Entenda, passo a passo, o imbróglio envolvendo o ex-assessor:

Fabrício Queiroz

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT antes de passar por cirurgia em São Paulo Foto: Reprodução/SBT

1. O relatório do Coaf

No dia 6 de dezembro de 2018, o Estado revelou que um relatório do Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício José Carlos de Queiroz. O valor se refere ao período entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

À época, ele estava registrado como assessor parlamentar  do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro – filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro. Queiroz é também policial militar e, além de motorista, atuava como segurança do deputado. Foi exonerado do gabinete no dia 15 de outubro do ano passado.

Além disso, uma das transações na conta de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à primeira-dama Michelle Bolsonaro. O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à  Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

2. Bolsonaro e família falam pela primeira vez

As primeiras explicações da família Bolsonaro sobre o caso apareceram no final da tarde de sexta-feira, 7. Sobre o cheque de R$ 24 mil que havia sido depositado na conta da primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro disse que o valor se referia a um pagamento de parte de uma dívida que o PM teria com o próprio presidente. O valor total da dívida seria de R$ 40 mil, segundo Bolsonaro.

“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou”, disse o presidente.

Mais cedo, Flávio Bolsonaro havia dito à imprensa que Queiroz havia apresentado a ele“uma explicação plausível” para a movimentação de R$ 1,2 milhão. Questionado, se negou três vezes a dizer qual era a explicação.

A essa altura, o senador eleito havia saído em defesa do ex-assessor através de sua conta oficial no Twitter. “Trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança”, escreveu, na rede social. “Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta.”

Antes mesmo da publicação da reportagem, o filho do presidente já havia sido procurado pelo Estado para se manifestar sobre o caso, e havia dado respostas no mesmo sentido. Localizado pela reportagem, Queiroz havia respondido na ocasião que não sabia “nada sobre o assunto”.

Cinco dias depois, o presidente voltou ao assunto em uma transmissão de vídeo pela internet: “Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos a conta desse erro, que nós não podemos comungar com o erro de ninguém”, disse.

3. MP abre investigação

Onze dias após a publicação da primeira reportagem sobre o caso, o Ministério Público do Rio abriu 22 procedimentos de investigação criminal com base no relatório do Coaf, com Queiroz entre os investigados. Com isso, são marcados os primeiros depoimentos para esclarecer o caso.

Até isso ocorrer, outros detalhes do caso já haviam se tornado públicos. O mesmo relatório havia apontado, por exemplo, havia citado movimentações entre contas de Queiroz e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz. Nathalia era, até novembro de 2018,assessora lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Além disso, uma análise na movimentação financeira de Fabrício Queiroz mostrou quefuncionários lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj repassavam valores equivalentes até 99% do salário que recebiam. Foi esse o caso de Nathalia, filha de Queiroz.

Outras duas servidoras repassaram de 24% e 46% do valor de seus salários. Cerca de 57% dos depósitos feitos na conta de Queiroz ocorreram no dia do pagamento dos salários na Alerj no período investigado, ou até três dias úteis depois.

4. As faltas

Alegando motivos de saúde e falta de tempo para analisar as acusações, o ex-assessor Fabrício Queiroz faltou a dois depoimentos  – nos dias 19 e 21 de dezembro – marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar suas movimentações financeiras.

Poucos dias após perder a segunda audiência, ele apareceu em público pela primeira vez para prestar esclarecimento sobre o caso, em uma entrevista entrevista ao SBT. À emissora, disse que a movimentação de R$ 1,2 milhão ao longo de um ano é resultado de seus negócios com venda de carros. Queiroz, contudo, não explicou os depósitos feitos em sua conta por funcionários do gabinete e familiares empregados por Flávio e o presidente eleito.

No dia seguinte à veiculação da entrevista, comunicou ao Ministério Público que passaria por uma cirurgia urgente. Segundo a Promotoria, ele apresentou “atestados que comprovam grave enfermidade” na ocasião.

O senador eleito Flávio Bolsonaro também faltou ao depoimento marcado para o caso, no dia 10 de janeiro. Em nota, o filho mais velho do presidente disse que não é investigado e que não teve acesso aos autos do procedimento aberto pelo MP. Flávio, que não é obrigado a comparecer, prometeu marcar uma nova data para depor.

Já o procurador responsável pelo caso disse que pode encerrar a investigação e oferecer denúncia à Justiça sem que eles prestem depoimento.

5. Internação e dança

Queiroz foi internado no dia 30 de dezembro e submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele disse que pagou a conta dos serviços médicos com recursos próprios e declarou ter recibo para comprovar, mas não quis dizer quanto custou. Um dia após receber alta, Queiroz disse aoEstado que esclarecerá “em breve” as movimentações atípicas em sua conta apontadas pelo Coaf, sem especificar quando isso ocorrerá.

Três dias depois, um vídeo no qual ele aparece dançando no hospital, enquanto toma soro, viralizou nas redes sociais. A defesa de Queiroz divulgou uma nota oficial afirmando que o vídeo foi feito em um “raro momento de descontração na visita deles no Albert Einstein”, pois ele passaria pela cirurgia nas horas seguintes, “inclusive com risco de morte”. Segundo seu advogado, seu vídeo teria sido feito no dia 31 de dezembro, à meia noite. Em um novo vídeo, ele afirmou estar revoltado com a circulação do vídeo e que estava apenas comemorando a virada do ano com a sua família.

Publicado por Janine TP

6. O ‘padrão Queiroz’

Um relatório do Coaf mostra que ao menos 28 servidores da Alerj tiveram movimentações atípicas em suas contas bancárias com o mesmo padrão das realizadas por Fabrício Queiroz entre 2016 e 2017. Eles movimentaram valores acima de sua capacidade financeira, receberam depósitos de outros servidores da casa e, em alguns casos, em datas próximas do dia de pagamento da Alerj.

A Polícia Federal suspeita da existência de um esquema de nomeação de funcionários fantasmas e posterior devolução de parte dos salários para deputados e servidores.

 

Fonte e conteúdo:

Estadão

 

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Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro – Foto: Reprodução/SBT

 

 

 

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